
No Brasil, a participação de mulheres no mercado de trabalho vem crescendo exponencialmente ao longo dos anos.
E, apesar do processo de readequação das empresas a tal mudança ainda não ser tão percebido – e isso se demonstra através de salários desiguais entre mulheres e homens ou até demissões em razão de gravidez, por exemplo – algumas companhias vêm nadando contra a maré e reconhecendo a importância de valorizar o convívio familiar de seus colaboradores.
Atualmente, a realidade em geral é que pessoas de ambos os sexos trabalhem, havendo menos situações em que a mulher fica em casa para apenas cuidar de tarefas domésticas e dos filhos.
Por isso, é preciso que o mercado compreenda a necessidade de políticas que atendam a este novo modelo familiar.
Importante lembrar que conciliar trabalho e família afeta não apenas a mãe, mas os pais também, assim como as relações familiares, que se tornam saudáveis e duradouras.
As vantagens de políticas como essa são inúmeras!
- A Implantação de creches e berçários no ambiente de trabalho
O retorno ao trabalho após a licença-maternidade costuma ser preocupante para mulheres, inclusive ainda durante a gestação.
“Quem vai cuidar do bebê quando eu estiver fora?” ou “Como será a amamentação da criança?”
São alguns dos questionamentos mais comuns nessa fase. Assim, determinadas empresas vêm implementando creches in company, e não somente oferecendo auxílio-creche, no próprio espaço de trabalho.
A iniciativa geralmente abrange crianças com até três anos e onze meses, o que permite que mães possam amamentar seus filhos recém-nascidos durante a jornada de trabalho, não perdendo o desenvolvimento deles nos primeiros anos de vida, fase tão importante da vida dos pequenos, e de suma responsabilidade para famílias.
Vantagens do oferecimento de políticas de desenvolvimento familiar

É fato que a porcentagem de novas mães que apresentam baixa produtividade após a licença-maternidade é alta, levando algumas inclusive a pedir demissão.
E a culpa de não estar cuidando do filho da maneira adequada é um dos principais motivos para essa realidade.
De acordo com um relatório da Fundação Maria Cecília Souto Vigal, empresas que oferecem cuidados com as crianças de funcionários apresentam um aumento de economia entre a metade e o dobro do que investem, justamente por conta da diminuição de faltas e aumento de produtividade das mães.
Existem, ainda, os óbvios benefícios relacionados à fase inicial do desenvolvimento do bebê. Neste momento, uma rotina de contato próximo entre o recém-nascido e a mãe é essencial, mesmo após seis meses – período de término da licença-maternidade.
Por isso, manter espaços que possibilitem tal contato, como creches in company, que podem atender as crianças até 5 anos e 11 meses, dentro da companhia, fazem uma enorme diferença nessa manutenção de vínculo da Primeira Infância, trazendo tranquilidade e conforto para todos os atores envolvidos no projeto.
O aleitamento materno como prioridade

Um dos pontos cruciais nesse sentido é a amamentação. Ao permitir o aleitamento materno e um contato próximo entre a mãe e o bebê durante os dois primeiros anos de vida, a empresa garante não só um bom desenvolvimento à criança, mas também um maior engajamento, organização e produtividade das funcionárias. De quebra, a família ainda se sente segura e tranquila.
Este benefício, sem discussão, representa enorme atrativo para profissionais que pretendem ter filhos, inclusive sendo um fator de retenção de talentos.
Isso porque a realidade atual é que mulheres são cada vez mais requisitadas no mercado, e tal implementação seria apenas uma readequação social, mas que faz toda diferença no contexto familiar.
O que diz a lei?
De acordo com a Legislação Brasileira, especificamente na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), toda empresa em que trabalharem pelo menos 30 (trinta) mulheres, com mais de 16 (dezesseis) anos de idade, é obrigada a ter local apropriado onde seja permitido às funcionárias guardar sob vigilância e assistência os seus filhos no período de amamentação.
No caso do local apropriado para amamentação, existem também alguns requisitos:
a) berçário com área interna mínima de 2m2 (três metros quadrados) por criança;
b) saleta de amamentação provida de cadeiras ou bancos-encosto;
c) cozinha dietética para o preparo de mamadeiras ou suplementos dietéticos para a criança ou para as mães;
d) o piso e as paredes deverão ser revestidos de material impermeável e lavável;
e) instalações sanitárias para uso das mães e do pessoal da creche.
Vale salientar ainda que, de acordo com a CLT, os intervalos destinados à amamentação não prejudicam o intervalo legal de descanso e são considerados de efetivo trabalho por estarem computados na jornada diária.
Muitas companhias, entretanto, alegam alto custo de manutenção ou simplesmente falta de espaço para essa mudança. Caso a empresa não tenha como prover este tipo de estabelecimento dentro do ambiente de trabalho, existem duas opções.
A primeira é pagar uma creche diretamente, ou um simples auxílio-creche, opções estas em que não se tem nenhuma garantia da qualidade do serviço oferecido, e que nem sempre atende às necessidades de carga horária e logística das famílias,
Outros benefícios para conciliar o desenvolvimento familiar com o trabalho

Além das creches in company ou simples preocupação com o aleitamento materno da funcionária, algumas outras medidas podem apresentar muitos ganhos não só para a família, mas também para a empresa. Confira.
• Incentivo ao home office
Ao permitir que mães e pais possam trabalhar remotamente ainda no inicio do desenvolvimento do bebê, a empresa garante uma flexibilidade que pode resultar – como já dito anteriormente – numa maior eficiência dos funcionários (principalmente as mães) e baixa taxa de desligamentos após o período de licença-maternidade, utilizando-se assim do modelo híbrido de atuação.
No entanto, este incentivo pode ser focado primordialmente em funcionários homens, já que se trabalhar com crianças pequenas dentro de casa é uma tarefa bastante difícil para as mamães.
Este modelo apenas garante o aleitamento materno sem grandes preocupações ao longo do dia e, mas é muito menos produtivo do que se ter uma escola dedicada em período integral para as crianças.
• Licença paternidade estendida:
Atualmente, as empresas são obrigadas por lei a oferecer uma licença e no mínimo 5 dias para novos pais, a contar do dia seguinte ao nascimento do filho.
Em contrapartida, a licença-maternidade é concedida às mulheres por até 120 (podendo estender-se para 180 dias).
Um aumento de até seis semanas de licença para os pais de recém-nascidos traria, além de igualdade de direitos, melhor organização no que diz respeito à família como um todo. Nesse caso, a opção de home office também pode ser implementada.
• Horários mais flexíveis para os trabalhadores
Optar por uma preferência de alcance de metas e objetivos no lugar de uma mera cobrança por cumprimento de horas de trabalho têm trazido significativas mudanças em várias empresas pelo mundo.
Essa medida, além de ajudar funcionários a conseguirem lidar com as necessidades de casa, desde os filhos pequenos até idosos sob sua responsabilidade, faz muito mais sentido nos segmentos profissionais modernos.
No entanto, a depender dos cargos e funções operacionais da companhia, esta possibilidade se torna inviável à maioria dos trabalhadores das linhas de produção, por exemplo.
Gostou do texto? Então compartilhe com familiares e amigos que queiram saber mais a respeito do assunto.
Mas, não deixe de acessar: www.uniepre.com.br e de conhecer o Universo das Creches in Company e como elas podem mudar e transformar o futuro de milhares de crianças e famílias!
Vamos iniciar um diálogo?

Nossa que emocionante. De repente cair neste site. Fui lendo e acabei chorando… Fui lendo parece que estava falando comigo. Tenho um bebê de 7 meses. Estou procurando creche e emprego que tenha um horário que coincida, sou mãe solteira. Seria uma benção ter um emprego e o filho na creche pertinho de mim, sem me preocupar com o horário de pegá-lo, sem me preocupar com quem deixar, passa inúmeras coisas na mente, o que fazer primeiro, como começar, quem pegaria o meu filho quando eu não puder… Muito interessante amei. Sentiria muito segura e trabalharia tranquilamente.